Uma das coisas que mais tem disfarçado o número real de imigrantes já existentes em Portugal é o ritmo acelerado a que tem sido concedida a nacionalidade a muitos deles. Como é evidente, a partir daí deixam de ser contabilizados como imigrantes, passam a contar como portugueses nas estatísticas demográficas.
Só o ano passado, foram naturalizados mais de cento e oitenta
mil estrangeiros. No ano anterior, foram mais de cento e setenta e quatro mil.
E em 2017, cerca de cento e trinta mil. Portanto, contas feitas, quase meio
milhão em apenas três anos.
E o pior é que o ritmo desta burocracia insana e suicidária
acelerou fortemente desde que, em 2018, uma nova lei passou a exigir apenas dois
anos de residência para se poder obter a nacionalidade portuguesa. No caso de
judeus sefarditas com ascendentes que alegadamente tenham sido expulsos de
Portugal nos séculos XV e XVI (ascendência essa que, de tão remota, não se
percebe muito bem como pode ser comprovada ou refutada), nem sequer é preciso
ter já residido em território português ─ o que certamente estará a permitir
muitos aproveitamentos e abusos, se não mesmo uma próspera área de negócio no
apoio jurídico para candidatos a migrantes, para já não falar das máfias especializadas.
O número de naturalizações é actualmente mais do dobro dos
nascimentos registados em cada ano, e destes apenas cerca de metade
correspondem a filhos de parturientes portuguesas nativas. O que significa que apenas
um sexto dos novos portugueses que surgem no país são de ascendência étnica
portuguesa.
Há quem insinue que, com o beneplácito dos vários partidos de
esquerda e da actual governação socialista, está a ser prosseguida uma
política deliberada de substituição progressiva da população originária, não só
por uma questão ideológica de favorecimento e implantação dos afluxos
migratórios, mas também para provocar uma maior diluição da identidade
histórica e étnica através da miscigenação gradual, o que contribuiria em simultâneo
para uma maior diversidade da população residente e dos respectivos substractos
culturais (uma opção sempre cara aos adeptos da globalização e do
“cosmopolitismo”). No dizer das más línguas, a persistência no poder de um
primeiro-ministro de ascendência goesa e de uma ministra da Justiça de origem
angolana não seria totalmente estranha à actual pujança desta tendência…
Intenções assumidas ou ocultas e insinuações à parte, há no
entanto consequências incontestáveis.
A este ritmo, no espaço de apenas uma geração, ou
pouco mais do que isso, os portugueses nativos passarão a estar em minoria, ou
seja, serão menos de metade da população. Se isso não se verificar na generalidade do
território, dada a assimetria do fenómeno, será pelo menos verdade em algumas
grandes cidades e vilas, talvez mesmo na própria capital (não se espantem, é
isso que já hoje acontece em Londres, por exemplo).
A isto acresce que a maior parte dos naturalizados são
provenientes de países subdesenvolvidos, com os vários países de expressão
oficial portuguesa logo à cabeça, mas cada vez mais seguidos de perto pelas
novas vagas de imigrantes africanos e asiáticos. Ora o subdesenvolvimento acarreta
um considerável atraso cultural e comportamentos pouco civilizados. E isso
não poderá deixar de ter consequências em termos de criminalidade e insegurança,
níveis de civismo, choques culturais e étnicos, degradação urbana, queda da
qualidade de aprendizagem nas escolas públicas, e por aí adiante.
Mas as naturalizações são apenas uma das faces da moeda. A
outra são as autorizações de residência, uma avalanche de idênticas proporções.
No ano passado, o número total de imigrantes com autorização
de residência rondava já o meio milhão. Os outros, os ilegais, deveriam ser
ainda mais, embora obviamente não se pudesse saber ao certo quantos, por falta
de muitos registos de entrada e saída e devido à porosidade das fronteiras. Mas
isso era antes da pandemia. Quando esta se instalou, logo o governo se apressou
a considerar oficiosamente regularizada a permanência de todos eles, com o
habilidoso e humanitário pretexto de lhes conceder o acesso a cuidados de saúde
e a apoios económicos de emergência. De um momento para o outro, uma torrente
de gente que nunca descontou para coisa nenhuma passou a beneficiar de uma
generosa protecção social, num país que ainda nem sequer sabe muito bem se os
fundos existentes e as contribuições futuras lhe permitirão pagar pensões de
reforma por mais de uma década. (Haja dinheiro. Enquanto houver, a festa pode
continuar. Quando acabar, logo se verá…)
Por fim, convém frisar que esta avalanche de naturalizações e
de autorizações de residência não esgota a questão. De facto, estamos ainda só
a abrir a caixa de Pandora… É que atrás desta avalanche virá outra ainda
mais portentosa, pela porta escancarada do reagrupamento familiar. A
nacionalidade concedida a uns vai propiciar, por parentesco ou afinidade, por
laços familiares reais ou falsificados, a nacionalidade de muitos outros. A
autorização de residência concedida a cada imigrante vai-lhe permitir trazer, a
retalho ou por atacado, toda a sua família alargada, a que não faltarão sequer
reconhecimentos de paternidade à pressa e adopções de última hora. E se há
famílias numerosas… E aos que não conseguirem vir por meios legais não faltará,
com o apoio logístico dos que já cá estão, a tradicional táctica de chegar de
qualquer maneira, permanecer ilegalmente e depois resolver paulatinamente o
problema, com o apoio ou complacência das próprias autoridades.
O governo, esse, continuará a entoar a ladainha de que,
devido à quebra de natalidade, precisamos de mais imigração para preencher as
necessidades de mão-de-obra. Eis um argumento muito difícil de compreender, num
país cujas estatísticas têm repetidamente registado centenas de milhares de
desempregados e subempregados, mesmo antes da pandemia, e que agora se prepara
alegremente, sob os efeitos dela, para voltar a taxas de desemprego de dois
dígitos…
O que se passa de facto é que está a ser propositadamente
alterada, e com a azáfama de quem quer aproveitar ao máximo a legislatura, a própria
composição da população nacional. Ideologias, opiniões, interesses, lóbis, oportunismos
vários (profissionais, políticos, empresariais), tudo se conluia para o mesmo
objectivo. E pelos vistos, com êxito. Em vão podem
proclamar certos quadrantes partidários que Portugal é dos portugueses. Pelo
andar da carruagem, não será por muito tempo.
PORTUGAL PERDENDO A SUA IDENTIDADE
ResponderEliminarInconcebível o que os vendilhões do templo estão a fazer ao meu país...
ResponderEliminarUrgente contrariar está globalização que nos fará desaparecer enquanto povo europeu e quase milenar...
Triste.....
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